Está difícil ser corajoso por aí?

Neste post, a psicóloga Mariana Castro compartilha reflexões sobre a coragem como movimento de alma e não como imposição externa. A partir de sua escuta clínica, ela fala sobre os desafios de tomar decisões difíceis, o sofrimento que nos paralisa e o caminho possível para desenvolver uma postura mais conectada com quem realmente somos. Um convite sensível ao autoconhecimento e à autocompaixão.

Mariana Castro

3/28/20241 min read

Ouvimos muito sobre os benefícios de ter uma atitude corajosa sobre a nossa vida, né?
Frases como, “seja corajoso” e “o que a vida quer da gente é coragem” estão por ai nos desafiando….

Colher os frutos de termos uma dinâmica de vida mais corajosa, realmente é muito bom!
Nos traz a sensação de realização e completude.

Quem nunca sentiu o alívio pós decisão que precisou de coragem para acontecer?

Mas sabemos que por muitas vezes permanecemos em um mesmo lugar e situação ainda que nos cause muito sofrimento e desconexão.

Vejo diariamente na clínica o espaço que se tem entre o permanecer no sofrimento e a atitude corajosa de atender por aquilo que a Alma grita (aquilo que você quer e sente que te faria bem).

Sinto e percebo todo o emaranhado de emoções que estão envolvidas nessa dificuldade de se conectar mais com essa “dinâmica” corajosa diante da vida.

Portanto, penso que devemos tomar cuidado ao nos avaliarmos como “covardes” ou “fracos” frente a algumas situações, pois não se trata somente de acordar em um belo dia e ser capaz de “enfrentar” o que nos assombra. A sua história de vida está totalmente ligada a sua forma de enfrentamento.

Se eu pudesse dar um conselho para você que sente que falta coragem em suas escolhas e atitudes, eu diria: vá entender tudo o que te desconecta dessa dinâmica corajosa sobre a vida, pois muito provavelmente há muitas dores, traumas e sofrimentos não compreendidos…

Sem compreender tudo isso fica muito difícil ter estrutura emocional e psíquica para enfrentar de forma corajosa as situações!

Felizmente é possível aprender a ter uma dinâmica mais corajosa sobre a vida e sentir-se mais conectado consigo mesmo!

Spoiler: e isso vai ter que fazer terapia (ou encontrar alguma forma de autoconhecimento…)