Amor como espelho: a visão de Jung sobre os vínculos profundos
Neste post, a psicóloga Mariana Castro reflete sobre o amor a partir da perspectiva da Psicologia Analítica. Diferente do amor idealizado, Jung entende o Eros como um processo de transformação interior — onde os vínculos afetivos funcionam como espelhos que revelam nossas sombras, nossas limitações e também nosso potencial de expansão. Um olhar profundo sobre como os relacionamentos podem nos conduzir à maturidade emocional e à verdadeira entrega entre almas.
Mariana Castro
8/10/20231 min read


Ao contrário do amor passional e romântico que muitas vezes vemos retratado, estes com a "leveza e saúde" tão idealizada nos últimos tempos, Jung vem nos oferecer uma perspectiva profundamente enriquecedora sobre o amor como forma de Eros (confronto com o nosso próprio ego).
Que eu particularmente acredito fazer muito mais sentido do que o amor normalmente idealizado.
Para Jung, o amor não é apenas um sentimento, mas um caminho de autodescoberta e crescimento interior. É através desse amor que somos desafiados a confrontar nossos próprios aspectos e as nossas sombras.
A jornada amorosa, então, se torna um espelho que reflete nossa própria essência, nos convidando a amadurecer e expandir a nossa consciência.
E é nessa expansão, através do confronto, que se encontrarmos ferramentas para exercer um papel de humildade, reconhecendo e nos responsabilizando por essas sombras, passamos a ver possibilidades de estabelecer vínculos profundos, com uma entrega de ambas as almas.