A figura paterna e sua influência no nosso crescimento individual
Neste post, Mariana Castro, psicóloga junguiana, propõe uma reflexão profunda sobre a influência da figura paterna no processo de individuação. Com base nas ideias de Carl Jung, o texto convida à compreensão dos vínculos reais — nem sempre idealizados — que cada pessoa constrói com a figura do pai. A psicoterapia surge como um espaço essencial para acolher feridas, ressignificar crenças e fortalecer o caminho da autenticidade e do autoconhecimento.
Mariana Castro
8/14/20231 min read


Em nossa busca pela auto realização e plenitude, Jung nos revela uma perspectiva importante e desafiadora sobre a relação com a figura paterna. Embora nem sempre corresponda ao ideal que a sociedade estabelece, o papel do pai desempenha um papel crucial em nossa jornada de crescimento pessoal.
Jung acreditava que a individuação, o processo de se tornar uma pessoa realizada e integrada, requer a reconciliação com todos os aspectos de nossa psique, incluindo a influência paterna. Dentro dessa influência paterna, está a realidade de cada pessoa com essa figura, e é aqui que a influência de uma sociedade que romantiza os vínculos familiares e idealiza a figura paterna pode nos levar a ignorar as sombras, os desafios e até mesmo as feridas que podem existir nessa relação real e única, que cada pessoa tem com o pai.
A falta de compreensão, aceitação e acolhimento em relação à existência de uma figura paterna que anda contramão da romantizada/idealizada minam a nossa autoestima. Surgem então sentimentos de inadequação, frustração e muitos outros conflitos internos.
É aqui que a psicoterapia desempenha um papel fundamental, proporcionando um espaço de exploração e amplificação dessa consciência que muitas vezes está tomada por crenças irreais e que rejeitam toda a nossa singularidade.
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